domingo, 23 de outubro de 2016

Schlumbergera rosea




Schlumbergera rosea
Local de origem: Aparados da Serra - RS
Imagem: © Luiz Filipe Varella - RS - Brasil


Schlumbergera rosea é uma espécie endêmica do Brasil, tendo ocorrências confirmadas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Mata Atlântica - Floresta Ombrófila Mista).
De tamanho médio compreendido entre 30 a 40 cm, segmentos da base curtos (2-3) subdividindo-se à medida que se desenvolvem na vertical, curvando-se e pendendo conforme a touceira se avoluma e ganha peso. Tamanho dos segmentos em média: 30-40mm de comprimento, 10-15mm de largura e 2-3mm de espessura. Cor dos segmentos: verde. Brotos e botões: avermelhados.
Flores róseas, com diâmetro de 37 a 40mm, estames com 10-12mm, róseos, anteras alaranjadas, estilete róseo, estigma branco.






Schlumbergera rosea
Local de origem: Aparados da Serra - RS
Imagem: © Luiz Filipe Varella - RS - Brasil





Schlumbergera rosea - detalhe da flor
Local de origem: Aparados da Serra - RS
Imagem: © Luiz Filipe Varella - RS - Brasil






Fontes consultadas:
http://reflora.jbrj.gov.br
http://rhipsalis.com


























quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Abelha Plebeia droryana visitando flor de Lepismium cruciforme 'spirallis'

Abelha Plebeia droriana coletando pólen em Lepismium cruciforme
© Eduardo Gardini

Rhipsalis em geral costumam receber visita de muitas abelhas nativas, particularmente Plebeia, Nannotrigona e várias espécies de solitárias. As flores costumam ser atrativas pelo fornecimento de pólen e néctar.
Lepismium cruciforme está nesse momento em floração e essa espécie de abelha acaba de sair do estágio hibernal de Inverno.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Germinação de Rhipsalis em estufa adaptada


Hatiora herminiae - plantas com 90 dias. Semeadas em pedaço de
fibra vegetal e germinadas na estufa adaptada.
©Eduardo Gardini


Como as demais cactáceas, Rhipsalis necessita de grande percentual de umidade para a germinação das suas sementes. Outros fatores que considerei importantes no percentual de germinação foram luminosidade e temperatura equivalentes ao que a semente teria em ambiente natural. Para tentar reproduzir esse ambiente favorável foram utilizadas algumas experiências, sendo que os melhores resultados foram obtidos numa pequena estufa construída a partir de embalagens vazias de margarina com paredes brancas e tampa transparente, como mostram as imagens abaixo.




1-Material usado: Dois potes plásticos com tampa transparente; tampas de refrigerante.
2-Um dos potes foi cortado horizontalmente numa altura de 2 cm aproximadamente.
3-O pote cortado será usado como uma bandeja, instalado dentro da segunda embalagem.
4-Adicionar água na embalagem que permaneceu inteira, até uma altura de 2 cm aproximadamente.






5-A embalagem cortada será colocada dentro da outra e flutuará sobre a água.
6-As tampas de refrigerante serão preenchidas com esfagno bem compactado e umedecido. Sobre o esfagno serão colocadas as sementes de Rhipsalis (no máximo 6 sementes por tampa).
7-Uma vez colocadas as tampas de refrigerante com as sementes, tampar a embalagem.
8-Sementes germinadas após 40 dias da semeadura, plântulas com 2 a 3 mm de altura.



Rhipsalis

Informações complementares:

O tempo de germinação pode variar dependendo da espécie em questão.
A estufa pode permanecer em ambiente externo com variações de temperatura entre 10 e 30°C.
Nessas condições não foi necessário repor a água do sistema, pois a tampa foi suficiente para condensar a água que evaporaria  e manteve o volume desta estável por todo processo. De qualquer forma é bom verificar a cada 30 dias a altura da água do fundo e a umidade do esfagno.
As plântulas poderão ficar até 4 meses na estufa, sendo que a partir do terceiro mês a tampa superior poderá ficar parcialmente aberta.
Nesse processo a estufa não foi em nenhum momento exposta à luz direta do Sol embora tenha recebido boa quantidade de calor em dias mais quentes. Essas variações de temperatura (10 a 30°C) não pareceram influenciar negativamente na germinação.
A estufa resistiu a dias de chuva sem causar problemas em seu interior. Recomendado lavar a tampa a cada 30 dias para tirar a poeira e dessa forma permitir a máxima incidência de luz no seu interior. 
Não houve nenhum tratamento específico nas sementes. Essas vieram de frutos frescos, com suas polpas espremidas e deixadas para secar por 15 dias sobre toalhas de papel. As sementes não foram lavadas, o que comprova não haver problemas em deixar a mucilagem dos frutos nas mesmas.
O fato das sementes não terem passado pelo trato digestivo de aves e assim mesmo apresentarem alta taxa de germinação reforça uma teoria minha de que essas aves também disseminam essas sementes através da limpeza dos bicos em galhos e troncos. A própria mucilagem densa e pegajosa presente nos frutos de todas espécies de Rhipsalis provocam a necessidade de limpeza dos bicos nas aves, além de deixarem as sementes aderidas aos locais. Reforço ser essa apenas uma teoria baseada em observações.


Germinação de Rhipsalis em estufa adaptada - Evolução 


Sementes semeadas em 10 de setembro 2016







Plântulas em 19/09/2016 - Semeadas há 9 dias
Rhipsalis floccosa ssp. tucumanensis
© Eduardo Gardini







Plântulas em 18/11/2016  -  68 dias desde semeadura. Foi acrescentado Osmocote Plus 6 meses.
Rhipsalis floccosa ssp. tucumanensis
© Eduardo Gardini




Frutos de Rhpsalis (pilocarpa, puniceodiscus e russellii)  separadas para
extração das sementes e posterior semeadura.
©Eduardo Gardini








Hatiora herminiae semeada em pedaço de fibra vegetal
e germinada em estufa adaptada. Planta com 2 anos.
©Eduardo Gardini

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Rhipsalis em áreas urbanizadas - Cidade de São Paulo





Rhipsalis teres ssp. capilliformis em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini


A Região Sul da cidade de S.Paulo situa-se numa área de Mata Atlântica que já foi praticamente eliminada pelo desmatamento e urbanização. Apesar disso não é difícil encontrar Rhipsalis vegetando espontaneamente em árvores exóticas usadas para reflorestamento a partir da década de 70, como a Tipuana. 
A Tipuana (Tipuana tipu) é uma árvore originária da Bolívia e Argentina que se adaptou muito bem ao clima da cidade. Além de possuir copa avantajada, tem casca grossa e fissurada, favorecendo totalmente a germinação e crescimento de diversas epífitas como Rhipsalis.


Rhipsalis teres em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini
Rhipsalis teres em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini
























Rhipsalis teres ssp. capilliformis em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini



 











Rhipsalis teres em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini
















Rhipsalis grandiflora em via pública
São Paulo - Brasil
©Eduardo Gardini






terça-feira, 4 de outubro de 2016

Polinização de Rhipsalis

Díptero da Família Syrphidae polinizando flor de Rhipsalis sp.
 © Eduardo Gardini

As flores de Rhipsalideae são frequentemente polinizadas por abelhas, principalmente as nativas do Brasil (Trigonini/Meliponini), eventualmente pela abelha africanizada (Apis mellifera) e também por espécies de moscas das flores (família Syrphidae). As espécies que produzem flores pequenas como Rhipsalis teres são predominantemente visitadas por abelhas do gênero Plebeia (tamanho: 3-4mm) enquanto as flores grandes atraem Meliponas e Trigonas (8-20mm).
Floradas de Rhipsalis puniceodiscus, Lepismium houlletianum, Rhipsalis pilocarpa atraem grande quantidade de abelhas, talvez pelo intenso perfume exalado, causando grandes congestionamentos de insetos em suas flores.




Abelha Plebeia visitando flor de Rhipsalis ewaldiana
© Eduardo Gardini


Abelha Plebeia polinizando flor de Rhipsalis russellii.
© Eduardo Gardini





Abelha solitária em flor de Rhipsalis russellii.
© Eduardo Gardini





Abelha plebeia polinizando Rhipsalis elliptica.
© Eduardo Gardini




Abelha Plebeia polinizando flor de Rhipsalis russellii.
© Eduardo Gardini





Abelha Plebeia polinizando flor de Rhipsalis teres.
© Eduardo Gardini