terça-feira, 28 de junho de 2016

Rhipsalis: O início.





Rhipsalis russellii - Frutos


Como tudo começou:

Meu primeiro contato com Rhipsalis foi numa grande loja de plantas. Me chamaram a atenção os ramos alongados, finos, extremamente delicados e os frutos avermelhados, translúcidos, parecendo pequenas gotas coloridas pendendo das pontas dos segmentos. Não a comprei, mas comecei a partir daquele momento a pesquisar e a prestar atenção nessa "família" tão bela e interessante.
Passei a adquirir espécies sempre que possível, não contando com os vendedores em 100% dos casos para identificar cada indivíduo pois não tinham mais informação que o nome genérico de Rhipsalis ou cacto-macarrão.


Rhipsalis russellii - Flores

Depois de quase uma década de pesquisas por conta própria, cheguei a uma desconfortável conclusão: Não há material científico disponível para facilitar a um leigo como eu reconhecer e identificar grande parte das espécies, penso que a maioria delas. Pelo menos, nunca encontrei nada que eu pudesse classificar como o "Guia definitivo de Rhipsalis". Isso sem considerar o polimorfismo de grande parte das espécies e as reclassificações científicas.
Decidi criar esse espaço para organizar minhas fotos de plantas que cultivo e as que encontro "in situ" pelas minhas andanças ocasionais. Caso haja alguma informação a ser complementada ou corrigida, agradeço já antecipadamente pela ajuda, que será muito bem vinda.


Rhipsalis russelli - frutos



Rhipsalis: Introdução.


As cactáceas epifíticas somam cerca de 220 espécies neotropicais, com somente uma espécie, Rhipsalis baccifera (J. S. Muell.) Stearn, que ocorre também nos paleotrópicos. Ao contrário das espécies terrícolas, que habitam principalmente as regiões áridas e semi-áridas (Barthlott & Hunt, 1993), as espécies epifíticas estão adaptadas à vida em regiões úmidas com florestas tropicais e subtropicais. O hábito epifítico concentra-se principalmente em duas tribos da subfamília Cactoideae, Hylocereeae e Rhipsalideae, com centros de diversidade, respectivamente, nas florestas da América Central e nas florestas atlânticas brasileiras (Barthlott, 1983). Casos de epifitismo acidental podem ocorrer em outras subfamílias ou tribos, como em Opuntioideae e Cereeae (Waechter, 1998a; Gonçalves & Waechter, 2003). As espécies de cactáceas epifíticas, mesmo habitando florestas tropicais úmidas, estão submetidas a condições de estresse hídrico e eventualmente restrições à quantidade de luz solar recebida (Anderson, 2001). Como adaptações típicas ao dossel das florestas, apresentam, em relação às cactáceas terrícolas, aumento na área superficial (artículos angulados ou aplanados), diminuição da quantidade e do tamanho dos espinhos, e frutos carnosos e coloridos, dispersos principalmente por aves (Barthlott & Hunt, 1993).
(Fonte: PADRÕES GEOGRÁFICOS DE CACTÁCEAS EPIFÍTICAS NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Danielle Bauer1 Jorge Luiz Waechter2)


Classificação Científica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Gêneros: Hatiora, Lepismium, Rhipsalis, Schlumbergera
(Fonte: Wikipedia)





            

Um comentário:

  1. E ainda continuamos com pouquíssimas informações sobre essas belezuras. Uma pena! Mas suas dicas foram bem úteis, obrigada!

    ResponderExcluir